"Não aprendi dizer adeus..."


Carta aos leitores

Quando pedi a minha prima, há dois anos, que fizesse um blog para mim, eu não sabia o que ia escrever, nem se alguém leria.
O blog ficou um pouco esquecido por um tempo. Em Janeiro de 2010, escrevi minha primeira fanfic de iCarly, "O traidor", e achei que seria a única (naquele tempo eu ainda não   era uma super fã de iCarly). Vieram mais ideias e com o tempo, eu já tinnha escrito 13 fanfics, com o incentivo da minha irmã, Thai , Ingrid e de vocês.
Decidi publicar a primeira e recebi comentários - fiquei tão feliz!!! E mais ideias vieram e hoje são 49 fics. Trinta e nove seguidores e mais de 35.000 visitas.
2010 foi um ano dificil para mim e abrir o blog e ler os comentários de vocês era uma luz!
Comecei a escrever "Deu a louca na Nickisney" em Janeiro deste ano e receber oito comentários no primeiro episódio foi DEMAIS!!!
Vocês devem estar se perguntando o porquê desta carta. Infelizmente, terei que desativar o blog (não excluir). Estou fazendo duas faculdades e será dificil conciliá-las (e suas pilhas de textos para estudar), escrever e postar no blog.
Estou trabalhando em um livro, "Além da Capa" e pretendo terminá-lo ainda este ano - o que significa 150% de dedicação.
Este não é um adeus, porque eu não sei dizer adeus, é um "Até breve". Pode ser que eu volte a publicar a qualquer hora. Porque eu pretendo terminar de escrever "Deu a louca na Nickisney" e a temporada 5 das fanfics de iCarly.
De vez em quando postarei no Cantinho de Luz e para quem tem twitter, manteremos contato por lá também. Se pudesse, continuaria aqui, mas é preciso definir prioridades. Espero que não se zanguem.
Realmente só tenho a agradecer àqueles que liam e comentavam no começo, aos que chegaram um pouco depois e aos que descobriram o blog recentemente. Especial agradecimentos a Seddie_S2 e Mah, pelo apoio constante (não em detrimento dos outros).
É como se estivesse deixando minha casa; porque aqui se tornou um lugar de conforto, felicidade, amizade. E acreditem: tudo que eu escrevi e postei foi pensando em meus leitores. Sempre que uma história não estava boa, eu pensava, repensava, modificava, para que vocês lessem o melhor que eu puddesse escrever.
Amo muito meus leitores e agradeço muito, muito, por me fazerem sentir que as pessoas podem gostar do que eu escrevo.
Com amor,
Soraya Freire.

iCarly - Fanfic especial - iScream


Gostosuras ou travessuras? Ano passado, minha leitora diva, Mah, pediu que eu escrevesse uma história de dia das bruxas. Esse ano eu tive uma ideia e escrevi uma fic de iCarly. Espero que gostem!!! Beijos com gosto de suco de abóbora!

Obs.: ESTA FANFIC É INDEPENDENTE DAS OUTRAS.
iCarly©Dan Schneider and Nickeledeon. All rights reserved.

iScream

QU@RTO DE C@RLY
Carly estava sentada com o notebook no colo, lendo os e-mails dos fãs do iCarly, muito concentrada, até que...
– BUU!!!
– AAAHHH!!! – Ela gritou, assustada, ao ver a máscara de um rosto todo deformado, com pústulas vermelhas, cicatrizes e dentes negros. Carly largou o notebook e levantou-se.
– Você deveria ver sua cara – disse Sam, tirando a máscara e se acabando de rir.
– Isso não é engraçado – disse Carly, com a mão sobre o coração. – Eu quase morri.
– Feliz dia das bruxas, Carls – disse Sam, ainda rindo.
– Ei, chicas – disse Freddie, entrando no quarto. – O que foi aquele grito?
– Sam me assustou – disse Carly. – Com essa coisa. – Sam colocou a máscara.
– Pensei que já estivesse acostumada com a cara dela. Sabe, não tem muita diferença – disse Freddie. Sam olhou para ele, com raiva. Ele saiu correndo e ela saiu correndo atrás dele.
– Parem com isso agora mesmo – disse Carly, indo atrás deles.

S@L@ DO @P@RT@MENTO
– Eu te odeio, Puckett – disse Freddie, colocando gelo no olho.
– Talvez esse olho roxo sirva pra sua fantasia de perdedor. Ah, esqueci, não é uma fantasia – disse Sam, sarcástica.
– Parou!? – disse Carly, ao computador. – Olha só o vídeo que um fã mandou pra gente. Ele diz que meia-noite, ele estava assistindo a um filme quando a cadeira da mesa de jantar foi arrastada sozinha e isso vem acontecendo sempre – falou, em tom sombrio. Eles ficaram em silêncio.
– Ei!
– Ah! – os três assustaram-se.
– O que foi? – perguntou Spencer, que entrou no apartamento, com um monte de sacolas.
– Nada. Onde você tava? – perguntou Caarly.
– Fui comprar doces pra crianças. Não é seguro andar nesses tempos sem doces – disse ele, baixinho, olhando para os lados.
– Vamos ver o vídeo – disse Freddie e Carly deu play. Não havia ninguém perto da mesa e, de repente, a cadeira era puxada para trás. – Volta – disse ele. – Para! – Está vendo um reflexo aqui? Fios de náilon.
– Ah, você acabou com a graça – disse Sam e foi para cozinha, onde Spencer estava separando doces.
– Quer saber? – perguntou Freddie.
– Não – disse Sam, comendo chocolate.
– Essas coisas sobrenaturais não existem – continuou Freddie.
– Algumas são fraude ou imaginação, mas vai saber, né? – disse Carly.
– Bobagem – disse Freddie.
– Lembro da primeira vez que assisti Gasparzinho – disse Spencer, pensativo. – Fiquei uma semana sem dormir – e estremeceu. Os outros entreolharam-se.

ESTÚDIO DO iCarly
Lá fora, uma chuva grossa caía sobre Seattle e relâmpagos iluminavam o céu negro. Os trovões ribombavam. Sam e Freddie estavam sentados nos pufes, quando Carly chegou com a pipoca.
– Eu não gosto de filmes de terror – disse Carly, sentando-se ao lado de Sam.
– Nem eu – disse Freddie. – Mas a gente sempre vai na onda da Sam.
– Não é terror, é suspense – disse Sam. – Vai começar. – Eles ficaram quietos, assistindo as pessoas chegarem à casa, no meio do nada, para tentar resolver seus problemas. A musiquinha de suspense estava fazendo Carly ficar com medo. De repente, um trovão soou e as luzes apagaram-se.
– AAAHH!!! – Carly gritou e abraçou Sam.
– Calma, amiga. É só uma queda de energia – tranquilizou Sam.
A porta abriu-se e um relâmpago iluminou uma figura alta de capa e rosto pálido. – AAAHH!!! – gritaram as meninas e abraçaram Freddie.
– Não é tão ruim – disse ele, sorrindo.
– Sou eu, pessoal – disse Spencer, acendendo a lanterna abaixo do queixo e iluminando seu rosto maquiado como um vampiro. – Feliz dia das bruxas – falou, com uma voz sinistra.
– Feliz? – perguntou Carly, incrédula, levantando-se. – Vamos ver o que aconteceu com a luz – e pegou a lanterna de Spencer. Os outros foram com ela.

S@L@ DO @P@RT@MENTO
Alguém bateu na porta e Spencer foi abrir. Estava trancada. – Carls, cadê a chave? – perguntou ele, assustado.
– Não sei – disse ela, dando uma lanterna para Sam e uma para Freddie.
– O telefone não funciona – disse Freddie.
– Quê? – perguntou ela, pegando o fone.
– Está sem o fio – disse Freddie, levantando o aparelho.
– Vocês viram meu Peraphone? – perguntou Sam. Freddie e Carly colocaram a mão em seus bolsos, mas também não encontraram os seus.
– O que tá acontecendo aqui? – perguntou Carly, com medo, abraçando o braço de Spencer.
– A porta dos fundos – disse Spencer, indo para cozinha, com Carly pendurada em seu braço. – Trancada.
No andar de cima, algo começou a ser arrastado.
– AAHH!!! – gritou Carly, com os olhos arregalados. – O que é isso?
– “Vamo” ver – disse Sam. Carly balançou a cabeça, negativamente.
– Vocês acham que é o quê? Um fantasma? – perguntou Freddie, incrédulo. Alguém bateu na porta de novo e Carly gritou.
– Vamos subir – disse Spencer.

ESTÚDIO DO iCarly
– Não tem nada aqui – disse Freddie.
– Sua mesa não estava aqui? – perguntou Sam, apontando para a mesa de rodinhas, onde Freddie colocava seu notebook, do outro lado do estúdio, perto do carro. Ele olhou para ela, assustado.
– Gente, Carly sumiu – disse Spencer, iluminando o corredor com a lanterna. – Ela estava atrás de mim.
– Quê? – perguntou Sam, olhando para o corredor também. – Tá. Agora isso tá ficando estranho.
– Ah, jura? – perguntou Freddie, sarcástico.
– Cala boca, Benson – disse ela, ríspida. – Vamos voltar pra sala. – Os três saíram do estúdio.

S@L@ DO @P@RT@MENTO
 Sam e Freddie chegam à sala. – Cadê o Spencer? – perguntou Freddie, olhando para a escada. Batidas abafadas vinham de cima e os trovões soaram lá fora.
– O que é isso? – perguntou ele, assustado.
– Eu acho que tem alguém aqui – disse Sam. – E pegaram a Carly e o Spencer. – Eles ouvem o barulho de correntes sendo arrastadas e uma risada sinistra.
– AAAHH!!! – gritou Freddie. – Ok. Isso foi estranho.
– Tá com medo, Benson? – perguntou Sam, encarando-o.
– Eu não – disse ele, empertigando-se todo. Um trovão explodiu e uma risada macabra soou. – AAAHH!!! – ele abraçou Sam.
– Me larga – disse ela. As batidas recomeçaram.
– É lá em cima – disse Freddie, subindo as escadas correndo. Sam foi atrás dele.

QU@RTO DE C@RLY
– Vem daqui – disse ele e abriu a porta. Carly e Spencer estavam amarrados e amordaçados, no chão do quarto.
– O que aconteceu? – perguntou Sam, indo até eles. Ela e Freddie os desprenderam.
– O que aconteceu! O que aconteceu! – disse Carly, aborrecida, levantando-se. – Você está por trás disso! Gibby e o outro cara, venham aqui!
Gibby, fantasiado de pirata, e um outro cara alto e forte, com roupa preta e expressão dura entraram no quarto. – Ei, pessoal – disse Gibby. – A ideia foi da Sam – defendeu-se.
– Eu só queria fazer o Benson sentir medo.
– Eu nem fiquei com medo – disse Freddie, dando de ombros.
– Não – disse Sam, irônica – Quase se molhou todo nesse instante. – Um trovão soou lá fora.
– Vou descer para acender as luzes – disse o homem alto e saiu. Ah, aí as chaves – ele jogou o molho para Spencer, que segurou. Os outros olharam para Sam.
 – Meu primo, Mean. Ele acabou de sair em condicional – explicou ela, enquanto Gibby saia e voltava com os celulares deles e um som portátil.
– Como fizeram isso? – perguntou Spencer, curioso.
– Eu tive a ideia e pedir ajuda ao Gibby...
– Gibby! – disse o garoto, abrindo os braços.
– ...e do meu primo. Pegamos os celulares, Mean desligou as luzes lá embaixo e entrou pelos fundos quando não tinha ninguém aqui embaixo. Eu dei uns doces para um garoto ficar na porta e dispensar as outras crianças e pedi que ele batesse de vez em quando. Gibby cuidou doos sons de correntes e as risadas – o garoto mostrou aparelho de som  e o MP4. – E a chuva e os trovões ajudaram – disse Sam, orgulhosa.
– Muito feio, Samantha. Que brincadeira de mal gosto – disse Carly. – Eu me assustei de verdade! – As luzes acenderam-se. – Vamos descer. Preciso de água.

S@L@ DO @P@RT@MENTO
– Muito legal os efeitos sonoros – disse Spencer a Gibby, enquanto desciam as escadas.
Alguém bateu na porta e Carly foi atender.
– Gostosuras ou travessuras? – perguntaram três crianças fantasiadas, com seus potes de doces na mão. Uma risada sinistra soou.
– Já chega com isso, Gibby – disse Carly, enquanto Spencer dava doces às crianças.
– Não fui eu – disse Gibby. Eles entreolharam-se. – AAAHH!!! – e saíram correndo.
FIM

Fanfic de iCarly especial - iReunite you


Olá, gatinhas e gatinhos! Finalmente, iReunite you saiu. Espero que gostem. Vou publicar hoje porque amanhã não vou ter tempo. Mas é em homenagem ao aniversário da diva linda e maravilhosa, Jennette McCurdy, dia 26 de Junho. #HappyBDayJen

Dedicada a Thainá Ferreira, que pediu uma fanfic baseada nas músicas da Paula Fernandes.

Obs.: ESSA FANFIC É INDEPENDENTE DAS OUTRAS!

iCarly ©Dan Schneider and Nickelodeon. All rights reserved.


iReunite you (Eu re-encontro você)


Sei, que nenhum de nós será
Feliz cultivando uma vida sem regar assim
Eu sei, que bem lá no fundo
Você, também não consegue esquecer esse nosso amor

(Trecho de “Chuva chover”)

Sam tinha 29 anos e era uma das maiores cantoras country do país, além de atriz, nas horas vagas. Ela tinha sido convidada para cantar no Cruzeiro Queen Lisa. Ela saiu da sua cabine e foi para perto das piscinas, vestida com uma saída roxa e com óculos escuros.

–– Essa cadeira não é sua. Você comprou ela? –– perguntou um garoto de 10 anos, de cabelos castanhos, olhos amendoados azuis, deitado na cadeira de sol.

–– Eu estava aqui primeiro –– disse a garota de cabelos cacheados loiros e olhos castanhos em pé de junto dele.

–– Não tinha ninguém aqui quando cheguei.

–– Karl, o que aconteceu? –– perguntou Sam, aproximando-se. A garota virou-se para ela.

–– Ah, meu Deus! Lily! –– ela abraçou a garota, sorrindo.

–– Oi, mãe –– disse Lily, feliz.

–– Oi, meu bem –– disse Sam, afastando-se, sorrindo. –– Você está bem?

–– Lily –– chamou um homem forte, de cabelos castanhos, olhos amendoados, aproximando-se. –– Estava te procurando. –– Ele parou ao ver Sam.

–– Oi, Freddie –– disse ela, tirando os óculos.

–– Sam –– disse ele, observando-a. Ele sentiu vontade de abraçá-la e beijá-la, mas não teve coragem. –– Você está muito bonita.

–– Obrigada –– disse ela, sentindo-se feliz por vê-lo, mas controlando a vontade de abraçá-lo. Ela não perdoara o fato de ele desconfiar dela.

–– Oi, filhão –– disse Fredie, abraçando Karl. –– Não sabia que estariam aqui.

–– Eu falei para Lily –– disse Sam.

–– Ela não me disse –– disse Freddie, olhando para Lily, que fez cara de inocente. –– Você fez de propósito, não é?

–– Não é ótimo estarmos os quatro aqui? –– perguntou Karl, sorrindo.

–– Oi –– disse Carly, aproximando-se. –– Freddie! Lily! –– eles abraçaram-se.

–– Ok, dona Carly, você sabia disso, não é? –– perguntou Sam, encarando-a.

–– Eu? Claro que não –– disse Carly. –– Vamos, crianças, deixem seus pais conversarem. A Lanchonete serve um milk-shake maravilhoso! –– Eles saíram.

–– Então, como estão sua mãe e a Wendy? –– perguntou Sam.

–– Minha mãe está bem. Já Wendy, só a vejo no escritório. E seu namorado, está aqui?

–– Quantas vezes eu tenho que dizer que não tenho nada com o Pete!? –– disse Sam, aborrecida. –– A gente estava ensaindo para o filme que Pete estava fazendo. O pior de tudo é que você não acredita em mim.

–– Freddie! –– gritou Wendy, vindo na direção deles com uma saída vermelha transparente e tamancos de salto alto. –– Ah, olá, Sam! Tudo bem?

–– Wendy? –– perguntou Freddie, surpreso. Sam saiu, aborrecida.


Carly estava tomando milk-shake, com Karl e Lily, quando uma mulher alta, de cabelos lisos pintados de loiro e olhos castanhos, aproximou-se. –– Carly Shay. Eu sou Lizzie Crawford –– disse ela. –– Sabia que estava aqui e eu estava louca para encontrá-la. Eu quero que faça meu vestido de noiva.

–– Ahn... eu não...

–– Por favor. Eu vi os vestidos das cantoras Sam Puckett e Tori Vega, que você fez, e eram simplismente maravilhosos! –– ela sentou-se.

–– Ah, obrigada –– disse Carly, surpresa.

–– Eu tenho uma costureira a bordo e você deve ter algum modelo.

–– Bom, eu tenho...

–– Então. Eu quero desembarcar casada, sabe? Eu trouxe um juiz de paz, também e encontrei minha estilista preferida. Por favor, diz que aceita –– pediu Lizzie, sorrindo.

–– Ahn... está bem –– disse Carly. –– Mas quando você vai casar?

–– Pode ser daqui quinze dias?

–– Se o modelo não for muito complicado, pode dar tempo –– disse Carly.

–– Isso é maravilhoso –– disse Lizzie, sorrindo. –– Estou na cabine 17 da primeira-classe.

–– Ok –– disse Carly e Lizzie saiu.


Sam estava indo para Lanchonete quando Pete apareceu. –– Oi, Sam.

–– Pete? Não sabia que estaria aqui.

–– Resolvi de última hora –– disse ele, sorrindo. –– Você está bem?

–– Eu re-encontrei o Freddie depois de três anos sem vê-lo e...

–– Não acredito que você trouxe ele –– disse Freddie, aproximando-se.

–– Você está me seguindo, Benson? –– perguntou Sam.

–– Por que eu seguiria você?

–– Vocês estão brigando de novo? –– perguntou Lily, aproximando-se, com o irmão e Carly.

–– Vamos, Lily, precisamos conversar –– disse Freddie.

–– Não. Eu quero passar um tempo com minha filha. Desde o Natal não a vejo –– disse Sam. (Pete saiu de fininho.)

–– Então vou passar um tempo com Karl.

–– Eu quero ir com a mamãe e a Lily –– disse Karl.

–– Por que os quatro não vão cinema? –– perguntou Carly. –– Está passando “A Terra das Cores”.

–– Ah, legal! –– disse Lily, sorrindo. –– Vamos, pai, por favor. –– Sam e Freddie entreolharam-se e, por fim, concordaram. Eles sabiam, intimamente, que seria ótimo estarem juntos, igual antes.


Carly foi para área das piscinas. Ela sentou-se a uma mesa e pediu um suco. Ela viu uma garotinha, de cabelos castanhos e vestido rosa, indo para perto da piscina, sozinha. Carly levantou-se e a segurou. –– Oi, minha linda –– disse ela, sorrindo. –– Onde está sua mãe?

–– Candy –– disse um homem alto, forte, de cabelo preto e de barba. –– Ainda bem que você encontrou-a.

–– Deveria ter mais cuidado com sua filha –– disse Carly, virando-se para ele.

–– Carly? –– perguntou ele e Carly também o reconheceu.

–– Griffin –– disse ele e eles abraçaram-se. –– Tudo bem?

–– Tudo –– disse ele, sorrindo. –– Bom te re-encontrar. –– Griffin pegou Candy no colo. –– E parece que já conheceu minha sobrinha, Candy.

–– É uma fofa –– disse Carly, sorrindo.

–– Griffin, querido –– disse Lizzie, aproximando-se. –– Ah, você conheceu Carly Shay.

–– A gente já se conhecia. Não sabia que se conheciam.

–– Acabei de conhecê-la. Convidei-a para fazer meu vestido quando a gente for casar. Vem cá, Carly –– Lizzie puxou-a para o lado. –– Por favor, não comenta nada com Griffin. O casamento é uma surpresa.

–– Ahn... –– disse Carly, franzindo o cenho. –– Tá bom.


Sam, Freddie e as crianças saíram do cinema.

–– Isso me fez lembrar como era antes –– comentou Freddie.

–– É, mas você fez questão de destruir tudo.

–– Eu? –– perguntou Freddie, incrédulo. –– Você que...

–– Ôh, vocês não vão brigar, né? –– perguntou Lily.

–– Não –– disse Sam. –– Eu tenho ensaio agora. Até mais, amores. –– Ela deu um beijo em cada um dos filhos e saiu. O celular de Freddie tocou e ele atendeu, afastando-se.

–– Acho que mamãe e papai ainda se amam –– disse Karl.

–– Eu tenho certeza –– disse Lily. –– Olha lá aqueles dois –– ela apontou para Pete e Wendy, conversando perto das piscinas. –– Vamos lá. –– Os dois esconderam-se atrás de uma planta e ficaram ouvindo.

–– Aquela piralhinha fez Freddie vim pra esse cruzeiro porque sabia que a mãe estaria aqui –– disse Wendy, aborrecida.

–– A gente não pode deixar que eles fiquem juntos de novo. Foi muito difícil separá-los daquela vez.

–– Shiii –– disse Wendy, olhando para os lados. –– Ninguém pode saber da nossa armação... É melhor ninguém ver a gente junto. Me encontra na sala de conferência, amanhã, depois do almoço.

–– Ok –– disse ele e saiu.

–– Você trouxe sua câmera? –– perguntou Lily a Karl.

–– Trouxe. Por que?


Eu sou tua saudade reprimida
Sou teu sangrar ao ver minha partida
Sou teu peito a apelar gritar de dor
Ao se ver ainda mais distante do meu amor

(Trecho de “Meu eu em você”)

No dia seguinte, Carly estava assistindo ao ensaio de Sam e sua banda, no salão de bailes, quando Freddie sentou-se ao seu lado. –– Veio ver o ensaio? –– perguntou Carly, sorrindo.

–– Eu... –– disse Freddie, incomodado.

–– Adora ver ela cantar, eu sei –– disse Carly, sorrindo. –– Você esteve em todos os shows durante esses três anos, não é?

Freddie olhou para ela, surpreso. Sempre ia aos shows disfarçado. Freddie olhou para Sam cantando no palco e perguntou-se por que deixou que ela fosse embora. No fundo, ele sabia que ela não o tinha traído, mas ele não conseguia tirar aquela imagem de Sam beijando Pete da cabeça.

–– O que está fazendo aqui? –– perguntou Sam, aproximando-se, quando terminou o ensaio.

–– Por que tem que ser sempre tão agressiva? –– perguntou Freddie, na defensiva.

–– Eu não vou perder meu tempo com você. Vamos, Carly –– disse Sam e foi saindo.

–– Espera, Sam –– disse ele e a beijou, de surpresa. Carly sorriu e saiu.

–– O que está fazendo, Benson? –– perguntou Sam, afastando-se.

–– Por favor, Sam, vamos parar com isso e voltar a ficar juntos –– disse ele, olhando-a nos olhos.

–– Pra quê? –– perguntou Sam, ríspida. –– Pra você acreditar na primeira mentira que inventarem e acabar com nosso casamento? Você deixou sua mãe e Wendy colocarem dúvidas na sua cabeça, Freddie.

–– Você queria que eu visse você e o Pete sempre juntos e não sentisse ciúmes?

–– Esse é o seu problema –– disse Sam. –– Você deixou o ciúme ser maior que seu amor. –– Ela saiu do salão.


Carly encontrou Griffin e Candy sentados a uma mesa do restaurante, junto com a sra. Peterson. Ela ficou muito feliz de rever Carly e a convidou para sentar. –– Estamos tentando fazer Candy comer –– disse ela, sorrindo. –– Missão impossível.

–– Quero sovete –– disse a garotinha, sentada em cima da mesa, de frente para sra. Peterson.

–– Eu faço um acordo com você –– disse Carly, pegando o prato e a colher da mão da sra. Peterson. –– Se você comer tudinho, nós pedimos sorvete de sobremesa. Que tal? –– ela balançou a cabeça afirmativamente e Carly colocou uma colherada de comida na boca dela.

–– Mas isso é um milagre! –– disse a sra. Peterson, sorrindo.

–– É quase impossível fazê-la comer –– disse Griffin, sorrindo.

–– Por que não convida Carly para o baile de hoje à noite, Griffin?

–– Mãe, eu vou com a Lizzie –– disse ele.

–– Ah, aquela sem graça –– disse a sra. Peterson, torcendo o nariz.

–– Ela é minha noiva, mãe. Desculpa, Carly. Eu gostaria da sua companhia...

–– Não tem que pedir desculpa –– disse Carly, sorrindo. –– Eu estarei no baile. Sam vai cantar lá.

–– Eu tenho que ir –– disse Griffin, levantando-se. –– Tenho uma reunião on-line agora. Licença. –– Ele saiu.

–– Ele trabalha demais –– disse a sra. Peterson. –– Desde que o irmão morreu, ele passou a viver para trabalhar.

–– Como eles morreram?

–– Ele e a mulher viajaram para uma convenção, em Vancouver, num dia chuvoso, e sofreram um acidente de carro.

–– Sinto muito –– disse Carly.

–– Sovete agora –– disse Candy.

–– Ok –– disse Carly, sorrindo para ela.


Carly estava passeando com Candy no colo, pelo deque, quando a garota viu Griffin sentado a uma mesa, na frente do notebook. –– Titio –– disse Candy, dando tchauzinho para ele. Ele acenou de volta.

–– Carly –– disse Lizzie, sorrindo, aproximando-se. –– Eu escolhi o modelo –– disse ela, mostrando o papel.

–– Ok –– disse Carly. –– Podemos começar hoje mesmo, basta tirar suas medidas.

–– Ah, você está cuidando da órfãzinha? –– perguntou ela, olhando com desdém para Candy. –– Quero dizer, da princesinha?

Carly sentiu vontade de bater nela, mas respondeu: –– A sra. Peterson foi tomar banho e Griffin está em uma reunião.

–– A gente se encontra na minha cabine para tirar as medidas, então –– ela saiu.

–– Lizzie chata –– disse Candy.

–– Ei, princesa –– disse Griffin, aproximando-se e deu um beijo na bochecha de Candy. Os rostos dele e de Carly ficaram próximos ela ruborizou.

–– Tia Carly –– chamaram Karl e Lily, vindo na direção deles. Griffin afastou-se de Carly. –– Precisamos da sua ajuda.

–– Griffin, esses são Karl e Lily Benson, filhos de Sam e Freddie. Crianças, esses são Candy e Griffin Peterson.

–– Nossa, parecem Sam e Freddie mesmo –– disse Griffin.

–– A gente precisa falar com você –– disse Lily a Carly. –– Temos um plano para juntar mamãe e papai de novo.

–– Posso ajudar também? –– perguntou Griffin.

–– Claro –– disse Karl.

–– Vamos nos sentar ali –– disse Griffin e eles sentaram-se a uma mesa à beira da piscina. Pediram lanches e os garotos explicaram o plano.


Vou ganhar esse jogo,
Te amando feito um louco
Quero teu amor bandido

(...)
Tô afim dos teus segredos
De tirar o teu sossego
Ser bem mais que um amigo

(Trecho de “Passáro de fogo”)

Wendy e Pete entraram na Sala de Conferência vazia e sentaram-se à mesa redonda.

–– Nós não podemos deixar aqueles dois ficarem juntos de novo –– disse Wendy. –– Ou lá se vão nossas chances de você ficar com Sam e eu com Freddie.

–– Qual sua ideia dessa vez? –– perguntou Pete.

–– Funcionou da primeira vez, não foi? Pois nós vamos armar de novo para Freddie ver você beijando Sam. Só que, dessa vez, Sam também vai me ver beijando Freddie –– disse Wendy, sorrindo. –– Eles não vão ficar juntos nunca mais.

–– E quando vamos fazer isso?

–– Calma. Nós temos que fazer um desconfiar do outro. E dessa vez não tenho a sra. Benson pra me ajudar.

–– Qual a desculpa que eu vou inventar? –– perguntou Pete. –– Porque agora eu não tenho um roteiro para ensaiar e convencer Sam a me beijar.

–– Será que eu tenho que pensar em tudo!? –– disse Wendy, aborrecida. –– Ok, você vai fazer o seguinte...


Se algum dia algo te lembrar
E a emoção tocar inteira a face do teu rosto
Não se envergonhe em dizer
Que o ciúme levou teu amor
E te afastou de vez de minha voz o teu silêncio
Não me deixou opção

(Trecho de “Complicado demais”)

Sam e Freddie estavam na cabine de Sam junto com Griffin, Carly e as crianças assistindo à conversa de Wendy e Pete pelo notebook de Griffin. Sam olhou para Freddie. Ele sustentou o olhar, mas depois virou-se e saiu...

Freddie estava sentado em uma cadeira de sol numa parte mais vazia do deque, olhando o pôr-do-sol. Sam sentou-se ao lado dele. –– Lindo, não é?

Freddie olhou para ela. –– Desculpa, Sam, eu não...

Sam segurou a mão dele e o olhou nos olhos. –– Freddie, eu casei com você porque eu te amo. Eu não teria porque te trair. Eu senti ciúmes de você com Carly e com Wendy, quando ela se tornou sua secretária, algumas vezes, mas depois, eu percebi que era bobagem. Eu confiava em você e no seu amor por mim. –– Ela levantou-se e saiu.


Eu estarei aqui esperando você
Se redimindo do teu erro pra ver
Teus olhos rasos decidido a voltar
Sem ter ciúme vem pra mim vem me amar

(Trecho de “Complicado demais”)

Sam estava fazendo seu show no Salão de Baile do Cruzeiro. Quando ela terminou de cantar a primeira música, Freddie entrou no palco, com um microfone na mão. –– Licença –– disse ele. –– Desculpa interromper o show, mas eu tenho uma coisa para falar. Eu quero dizer a Sam –– ele pegou a mão dela e olhou-a nos olhos –– que eu fui um idiota, mas que estou arrependido. Sam, eu te amo e prometo que não vou deixar nada ser maior que meu amor. Você me perdoa?

Sam abraçou-o bem forte e eles beijaram-se. –– Eu te perdoo –– disse ela para ele, sorrindo, enquanto todos aplaudiam e assobiavam, ficando de pé. Os fotógrafos começaram a tirar fotos. –– Agora, pra vocês, “Me with you” –– anunciou Sam e cantou a música segurando a mão de Freddie e sorrindo para ele...


No dia seguinte, Sam e Freddie estavam abraçados, observando o mar, quando Wendy e Pete aproximaram-se.

–– Sam e Freddie –– disse Wendy, sorrindo. –– Estamos muito felizes por estarem juntos de novo.

–– E dessa vez nada vai separar a gente –– disse Freddie e deu um beijo na bochecha de Sam.

–– Bom saber disso –– disse Wendy. –– Bom, já vamos, então...

–– Espere, Wendy –– disse Freddie. –– Você não é mais minha secretária, está despedida. E eu deveria contar para todo mundo, em Seattle, sobre seu hobby de fazer armações e você não conseguiria mais emprego em lugar nenhum. Mas eu sou bonzinho e não vou fazer isso.

–– Pete, eu estou fora do filme. Nunca mais eu faço um filme com você, nem por todo dinheiro de Hollywood. –– Sam e Freddie saíram.

–– Argh, eles descobriram! –– disse Wendy, com raiva.


Faltava uma semana para o casamento e Lizzie estava provando o vestido. Ela estava em cima de um banquinho, na sua cabine, enquanto a costureira e Carly faziam os ajustes. O celular de Lizzie tocou.

–– Pega pra mim, Carly? –– pediu ela e Carly pegou o celular em cima da penteadeira. –– Alô?... Oi, querida! Adivinha o que estou fazendo?... Provando meu vestido de noiva! –– disse ela, empolgada. –– Agora eu caso e adeus meus problemas com o limite do cartão de crédito. Ai!

–– Desculpa –– disse Carly, segurando um alfinete, sorrindo para ela. Carly sentiu raiva de Lizzie. Ela estava casando com Griffin por causa do dinheiro dele?

–– E minha estilista é Carly Shay!... Ela mesma. Gostaria que você estivesse aqui... Minha mãe? Não, não trouxe. Ela fala demais!... Ok, até mais. Tchau –– ela desligou. –– Ah, está lindo! –– disse Lizzie, mirando-se no espelho.


ei iê iê...
sentimento que nem o tempo apagou
ôÔÔÔ
tão distante estou procurando esse amor...

(Trecho de “Espaço Sideral”)

–– Odeio ela! –– disse Carly, indo para área das piscinas quando a prova do vestido terminou. Ela estava com os pensamentos a mil.

–– Carly?

–– O quê? –– disse ela, ríspida, virando-se. Deu de cara com Griffin, segurando Candy. –– Ah, desculpa, Griffin –– ela sorriu e sentiu uma sensação de que seu sangue se esvaíra e voltara a percorrê-la de uma vez. Ela ruborizou. O que estava acontecendo?

–– Tudo bem? –– perguntou ele, sorrindo.

–– Ahn, tudo ––respondeu Carly, pegando Candy, que esticava os braços para ela, no colo.

–– É incrível como ela gosta de você –– disse ele, sorrindo.

–– Também gosto muito dela –– disse Carly.

–– A gente estava indo tomar um sundae; quer ir? –– Carly aceitou o convite e os três foram para Lanchonete. Na última semana, eles tinham passado horas muito agradáveis lá; na Sorveteria; na Sala de Jogos; no Playground; na piscina, quando Candy teve sua primeira “aula” de natação; além dos passeios pelas lojas de conveniência. Às vezes, a sra. Peterson os acompanhava.

–– Não me sinto bem assim há muito tempo, sabia? –– comentou Griffin, depois de tomar uma colherada do seu sundae de chocolate. Carly sorriu para ele. Eles estavam sentados a alguns centímetros de distância. Candy estava sentada sobre a mesa, entre eles, tomando seu sundae de uma taça menor que estava ao lado dela.

–– Carly, sujo –– disse Candy, mostrando o vestido sujo de chocolate. Carly pegou um guardanapo e tentou limpar.

–– Termine e vamos trocar seu vestido –– disse Carly, sorrindo.

–– Sabe o que Candy disse ontem? –– perguntou Griffin. –– Que queria que você fosse tia dela. –– Carly olhou para ele. –– E eu também queria. –– Griffin aproximou-se de Carly e ela podia sentir a respiração dele e ele, a dela.

–– Não faça isso. Você está noivo –– disse Carly, com os olhos fechados. Griffin afastou-se.

–– Desculpa –– disse ele. –– Vamos, Candy –– ele levantou-se e pegou a garota no colo.

–– Não –– disse ela.

–– A gente se vê depois –– disse Carly, sorrindo para Candy. Quando os dois saíram na outra direção, Carly sentiu como se algo tivesse lhe sendo tirado.


Vai, vai buscar pra ti o que o amor te deu
Vai viver o que deixou pra trás
Transforme em sorriso o que você perdeu
Pra felicidade plena conquistar

Vai, vai, vai...

Oh, vai, vai viver de novo o que o tempo levou

(Trecho de “Vai”)

–– Sam –– chamou Carly, entrando na cabine 8.

–– Oi –– disse ela, deitada com a cabeça na almofada no colo de Freddie.

–– O que você pensaria de alguém que ficou com raiva de outra porque ela quer casar interessada no dinheiro do noivo? –– Carly sentou-se na mesinha de centro perto do sofá.

–– Não sei. Quem quer casar interessada no dinheiro do noivo?

–– A noiva do Griffin. Sabe, ele não merece isso. Ele é super legal, interessante, divertido, cuida da Candy como se fosse filha dele, é inteligente... Ele não merece aquela...

–– Carly, você está apaixonada pelo Griffin?

–– Eu? –– perguntou Carly, surpresa. –– Não! É só que... Não diga besteiras, Sam, ele é noivo.

–– Mas não casou ainda.

–– Posso contar uma coisa? –– perguntou Freddie. As duas disseram que sim. –– Griffin me perguntou se você está namorando alguém e disse que está pensando em terminar o noivado.

–– Se você gosta dele, vai em frente, Carls –– disse Sam. –– Quando vocês estavam juntos, formavam um casal tão lindo. Pode ser mais um novo chamado do amor. Vai atender?

–– Acha que a gente deveria ajudar? –– perguntou Lily a Karl, parando de jogar video-game, no quarto, que estava com a porta aberta.

–– Cupidos Benson em ação! –– disse Karl, batendo a mão espalmada na de Lily.


Não vou mais fugir tentando me enganar
Estou apaixonada e não tem jeito
E eu vim aqui, eu vim pra te encontrar

(Trecho de “Ok”)

No dia seguinte, Carly estava tomando café da manhã com Sam, Freddie e as crianças, pensativa. Ela estava apaixonada por Griffin? Eles tiveram m breve romance na adolescência, mas tinha acabado e ela não sentira vontade reatar. Ou sentira? Ela não lembrava. Mas re-encontrar Griffin agora tinha feito Carly se sentir estranhamente feliz e nervosa quando estava perto dele...

–– Srta. Shay –– disse o garçon entregando um papel a ela. Carly abriu e leu: “Me encontre na minha cabine. Preciso falar com você. Griffin.” Ela sabia o que estava sentindo e ia lutar por isso. –– Licença, pessoal. –– Ela levantou-se e se dirigiu para cabine 26. A porta estava entreaberta, então Carly entrou.

–– Tomara que aquela velha chata volte logo –– ela ouviu a voz aborrecida de Lizzie vindo da sala de TV, onde esta estava lendo uma revista. –– Candy estava sentada a sua mesinha, pintando com tinta. Ela pegou o pincel e passou no vestido de Lizzie. –– Aaah –– Lizzie gritou, levantando-se. –– Sabe quanto custou esse vestido, piralha? –– Ela segurou Candy pelo braço. –– Quando eu me casar com seu tio vou te mandar para um colégio interno e sua avozinha pra um asilo...

–– Solte ela –– ordenou Carly.

–– Ah, Carly –– disse Lizzie, sorrindo, sem graça. Ela soltou Candy, que correu para Carly. –– Eu só estava...

–– Eu vi o que você estava fazendo –– disse Carly, pegando Candy no colo. –– E Griffin vai adorar saber disso.

–– Você não vai fazer isso. Você é minha amiga.

–– Não, eu faço seu vestido; só isso. Eu não sou amiga de uma pessoa que trata Candy desse jeito e chama a sra. Peterson de “velha chata”. Você não se importa com os sentimentos do Griffin, né?

–– Ah, um babaca que só pensa nessa órfãzinha e naquela velha. E ele não vai acreditar em você –– disse Lizzie, sorrindo. –– Griffin é louco por mim.

–– Se me contassem, eu não acreditaria –– disse Griffin, entrando na sala. Lizzie ficou pálida. –– Como pude me enganar com você, né, Lizzie?

–– Griffin, eu...

–– Não tente se justificar –– disse Griffin. –– Tudo que falou pra Candy basta para eu saber o que você é. Vá pra sua cabine, pegue suas coisas, que eu vou ligar para o helicóptero da Schneider Motors vim buscar você. Acabou –– ele tirou a aliança da mão direita e atirou para ela.

–– Humpf –– fez Lizzie, bateu o pé no chão e saiu. Na porta, a sra. Peterson apareceu e disse:

–– Já vai tarde. –– Lizzie olhou para ela, com desprezo, e saiu. A mãe de Griffin entrou, acompanhada por Karl, Lizzie, Freddie e Sam.

–– Deu certo –– disseram Karl e Lizzie.

–– Isso foi armação de vocês, é? –– perguntou Griffin.

–– A gente viu como Lizzie tratava Candy, quando você deixou elas sozinhas no playground, ontem. Pedimos ajuda da sua mãe, do papai e da mamãe –– disse Lily.

–– A sra. Peterson pediu para Lizzie ficar com Candy enquanto ela ia supostamente ia ao salão de beleza e Lizzie se traiu –– disse Karl. –– Tia Carly também já estava aborrecida com ela. Se visse ela maltratar Candy, iria ficar furiosa.

–– Então fizemos ela ver –– disse Lily.

–– Agora chega de conversa –– disse Sam, pegando Candy do colo de Carly. –– Griffin tem algo a dizer, não?

–– Carly –– disse Griffin, segurando a mão dela. –– Aceita ser minha namorada pelo resto das nossas vidas?

–– Aceito –– disse Carly, sorrindo. Eles beijaram-se e os outros sorriram e bateram palmas. Eles interromperam o beijo. Carly deitou a cabeça no ombro de Griffin e ele beijou a testa dela, ainda abraçados. Eles sorriram para os outros.


Um mês depois, Carly e Griffin casaram-se, em Seattle, com a presença de seus familiares e amigos. Freddie e Sam renovaram os votos, na mesma cerimônia, e houve uma grande festa!

Hoje você vai sentir que o mundo é de nós dois
Não vai querer deixar sequer um beijo pra depois
E todos os mistérios vão surgir num céu azul
Discretamente escritos nas canções do vento sul

(Trecho de “Canções do vento sul”)

FIM


Beijos de brigadeiro!!!